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Quadrinhos, um começo de leituras possíveis

Integrantes da Gibiteca Guatazinho organizam roda de leitura. Foto: Kariny Wermouth

Integrantes da Gibiteca Guatazinho organizam roda de leitura. Foto: Kariny Wermouth

Neste mês de maio, estamos consolidando o processo de leitura de quadrinhos, que instalamos através do coletivo Gibiteca Guatazinho, na Escola Municipal Padre Luigi Salvucci no período vespertino. Participam das atividades semanalmente, em média, 50 estudantes de cinco turmas, de três séries daquela escola. Há também cada vez mais adesão de estudantes do período matutino que por participarem de projetos de contra-turno a tarde, procuram o coletivo querendo se associar. Assim, a adesão se mantém em crescimento.

O aumento da demanda tem produzido também a aquisição de mais exemplares. Mesmo com limites materiais, o Ponto de Cultura tem dado respostas, graças a doadores que começam a aparecer, sensibilizados pelo trabalho. Ganhamos recentemente uma caixa com mais de 60 títulos da Turma da Mônica e outros quadrinhos internacionais de um jovem que terminou seus estudos na cidade. E nesta última quarta, recebemos a notícia de que teremos mais um reforço de 50 HQ novos, frutos da doação que uma professora aposentada prometeu à Guatá.

O trabalho da Gibiteca também vem se transformando. De uma simples troca de gibis, agora o encontro semanal se transformou em leitura semanal. Uma conversa sobre as histórias e seus detalhes, como personagens e roteiro, tem colocado as crianças componentes do Coletivo no centro da conversa.

Em roda, sempre desenvolvemos a  leitura de alguns quadrinhos, onde cada um lê uma parte da história em questão. Um aspecto importante a ser observado foi disparidade da fluidez da leitura entre as crianças. Isso nos coloca desafios de como trabalhar os materiais para atender distintas necessidades e ritmo de desenvolvimento de cada um dos estudantes. Ainda mais agora que livretos estão sendo incorporados na “cesta de leitura” da Gibiteca.

Aprendemos a perguntar. “Quais gibis você leu?”, “Qual história te interessou mais?”, “O que te chamou mais atenção nas histórias?”, “Você teve dificuldade com a leitura de algum quadrinho?”. E é a partir das respostas das criançs, algumas vezes apontando dificuldade com o ato de ler, começamos a observar melhor alguns aspectos para aprimorar a mediação.

Aprendemos também com a generosidade daqueles que nos contam que precisam ler mais de uma vez para seus irmãos e primos, em casa. Estes nos contam que os pais pedem que levem mais gibis para casa para lerem juntos. É bom observar tais aspectos positivos, inclusive esse, que é se irradia através dos alunos e contagia o âmbito familiar, a partir de uma experiência de convivência extra curricular, mas ainda no âmbito da escola.
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Texto e fotos: Kariny Wermouth

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